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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Desigualdades


Desigualdades

Com medo de se equivocar vê o absurdo da vida, mas não quer pensar que é real
E quando vê que é real acha um equivocado absurdo.

Os extremos da riqueza e pobreza...
Os que estão no meio só dão valor a um lado da corda...
O concorrido lado comodista da realeza.

Nas cidades grandes já não se importam com a fome estampada a cada passo
Criança, fome e cola... Tornam-se parte de um cenário
A indiferença só não é maior por falta de espaço
Celulares nos ouvidos, roupas de grife e barrigas cheias são o puro escárnio.

Mas na hora de precisar de sangue ou um órgão, não olham classe social
O jornal é aberto direto para as fofocas e futebol
Quiçá procurar uma peça de teatro, cinema ou as musas do carnaval

Entre quatro paredes ou na roda do bar, se fala em desigualdades
Também em redes sociais, deitado em uma rede ouvindo o rádio ou televisão...
Preste atenção... A altercação sempre antecede um humor ou uma futilidade.

A distração é filha da indiferença
É irmã do disparate
Prima da inconseqüência
Mãe da nossa realidade.

André Anlub
Imagem: web