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quinta-feira, 10 de março de 2011

QUEM ME DERA


QUEM ME DERA

Quem me dera conhecer uma flor
De cheiro doce e de beleza rara
No solo macio do amor
Onde pulsa a vida que não pára.

Quem me dera esquecer o pudor
Corrente em meu corpo, como sangue que cora.
Saciar-me em brasa com o puro frescor
No deserto quente do meu Saara.

Quem me dera adormecer a dor
No instante em que se chora.
Nesta boca molhada, parar com o suor
Dessa febre que não passa.

Pudera eu sarar com um novo sabor.
Beber de uma fonte sonífera.
Correr o risco de um tremor.
Quem me dera, Sara...